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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2010

Fechar uma porta.

Chegou ao fim a minha passagem pela Misericórdia de Santarém. Fecha-se uma porta, quase nove anos, de aprendizagem constante. Aprendi com todas crianças, jovens, famílias e colegas que diariamente me desafiaram a pensar e a conter uma panóplia quase infinita de emoções e “life events” difíceis de imaginar. Talvez a aprendizagem mais importante de todas ficou bem sintetizada esta semana quando ao encerrar a intervenção com uma família, numa reunião alargada com a CPCJ e a Família, a Ana (minha colega de sempre), encerrou o trabalho com um obrigado à família por nos ter deixado entrar na sua privacidade relacional e nos ter deixado ao longo de três meses aprender com eles, sobre o que é ser pai, mãe, filho e família. O obrigado expresso pela Ana é o melhor exemplo de como com ela e com a nossa restante Equipa, Famílias e Crianças aprendemos a respeitar infinitamente todas as famílias, mesmo aquelas capazes de abusarem e negligenciarem os seus filhos. Não pensem que respeitar infinitame

Adeus à SCMS

Caros amigos já é oficial iniciei o meu processo de transição e mudança de área de trabalho. No final do mês vou deixar a Santa Casa da Misericórdia de Santarém e a área do acolhimento residencial para aceitar a direcção de dois novos projectos na Fundação “O Século”, em São Pedro do Estoril Cascais (ainda em semi-segredo). Fechar a porta a quase nove anos de trabalho na Misericórdia não é fácil, ficam muitos bons momentos, muitas vitórias de alegria, muitos projectos de vida concretizados, obviamente também ficam muitos projectos por concretizar e muitos sonhos que não chegaram a tornar-se realidade. Mais importante fica um universo de aprendizagens de valor incalculável. Aprendizagens que devo às crianças, jovens, famílias e colegas com quem tive a oportunidade de trabalhar e de aprender. Pedro Vaz Santos

Visita Glebe House

Amanhã iniciamos juntamento com oito colegas a nossa visita anual a uma instituição de acolhimento de crianças de renome. A visita este ano é à Glebe House, uma Comunidade Terapêutica de jovens, perto de Cambridge do Reino Unido que acolhe jovens com história de transgressão sexual. A Glebe House oferece um plano terapêutico, em regime residencial, intenso durante dois anos, e constitui-se com uma verdadeira alternativa às intervenções mais punitivas das Unidades Seguras (equivalente aos Centros Educativos). Durante a visista irei colocar alguns posts e comentários via twiter podem seguir em: http://twitter.com/vaz_santos . Pedro Vaz Santos

Conferência “Child neglect: parenting issues and its impact on children” (17 Junho)

No próximo dia 17 de Junho a Professora Jan Horwath participará na conferência “Child neglect: parenting issues and its impact on children”, no âmbito do Doutoramento Inter-Universitário Coimbra-Lisboa em Psicologia (Psicologia da Família e Intervenção Familiar), na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa . Jan Horwath é professora e investigadora de Child Welfare no Department of Sociological Studies da University of Sheffield (UK). Com formação de base em Serviço Social, trabalhou vários anos como social worker no Reino Unido e na Nova Zelândia. O seu trabalho como investigadora tem apoiado o desenvolvimento de vários sistemas de protecção de crianças e jovens (e.g. Irlanda, Austrália), e o seu livro “ The Child’s World ” é uma referência em Inglaterra como ferramenta de apoio à implementação do Framework for the Assessment of Children in Need and their Families. A conferência do dia 17 é de entrada livre mas devido a questões logísticas, pede-se aos interessados que envi

Dia Mundial de Criança

Hoje é dia da Criança, 1 de Junho. Um dia para pararmos e pensarmos enquanto sociedade onde estão as nossas crianças. Num período de turbulência social e económica, não foge ao olhar o facto de as nossas crianças estarem mais sós. Mais tempo longe dos pais, mais tempo longe da família, mais tempo entregues ao cuidados de instituições: creches, jardins-de-infância, escolas, actividades extra escolares. As nossas crianças elementos preciosos por serem cada vez mais raros nas sociedades ocidentais, são confiadas na grande parte do dia a um sistema de multicuidadores que dificilmente se tornam verdadeiramente significativos. Crescer e aprender a pensar num sistema indiferenciado de figuras humanas que não chegam a ser figuras de referência, é aprender uma cultura de superficialidade no qual o outro é interpretado cada vez mais numa lógica pragmática de prestação de serviços e cuidados e menos numa lógica afectiva e relacional. Facilmente poderíamos cair numa retórica de defesa pelo cará