Todos nós de quando a quando precisamos de férias … Normalmente começamos por juntar numa ou mais malas os objectos e utensílios indispensáveis, com especial destaque para os objectos que nos permitem sonhar: mapas, barcos insufláveis, bóias, binóculos, canivete suíço, como se fôssemos para uma arriscada exploração.
De facto ir de férias é sempre uma demanda aventurosa; as complicações do trânsito, da praia, das compras, e do alojamento revestem qualquer tipo de férias no Algarve (protótipo de férias dos portugueses), num perfeito quebra-cabeças. É verdade que poderíamos programar férias noutro destino e voar num voo charter para um destino tropical e alojarmo-nos num “resort” cinco estrelas, à beira mar plantado, onde o esforço e a azáfama eram apagados pela eficácia dos empregados hoteleiros. Contudo, optamos pelo Algarve, nós e mais uns quantos milhões de portugueses. Estou convencido que nós, os portugueses, adoramos este correr, sem saber para onde, que o Algarve nos dá. Adoramos também o esperar eternamente numa esplanada ao lado de um estrangeiro que vê os seus desejos rapidamente realizados. Amamos a azáfama e perceber que passamos as férias a cozinhar, a carregar e descarregar carros, sem nunca nos lembrarmos do conceito descansar. Por isso, heroicamente, não paramos nas férias, não deixamos de produzir e ser logisticamente eficazes. Valendo-nos no final das férias o desabafo modesto de que as férias foram poucas. Surpreendentemente, este povo que durante o ano é tão acusado de não ser produtivo, vinga-se incessantemente nas férias, trabalhando, trabalhando, trabalhando… incessantemente.
Agora que todos estamos a voltar ao trabalho e olhamos para a nossa realidade de crianças em situação de precariedade e urgentemente a precisarem de ajuda, percebemos que se exige uma vontade e uma dedicação que só umas descansadas férias nos podem dar.
Neste sentido, espero que as férias de todos tenham sido num qualquer “resort” paradisíaco, onde não mexeram uma palha e onde o vosso pensamento inquieto gentilmente se conseguiu apagar na paisagem. Se tal como eu são vítimas do desassossegado Algarve, não desanimem e mantenham o famoso ritmo do trabalha, trabalha, trabalha… porque as nossas crianças merecem.
Bem-vindos de férias!!!
PVS
De facto ir de férias é sempre uma demanda aventurosa; as complicações do trânsito, da praia, das compras, e do alojamento revestem qualquer tipo de férias no Algarve (protótipo de férias dos portugueses), num perfeito quebra-cabeças. É verdade que poderíamos programar férias noutro destino e voar num voo charter para um destino tropical e alojarmo-nos num “resort” cinco estrelas, à beira mar plantado, onde o esforço e a azáfama eram apagados pela eficácia dos empregados hoteleiros. Contudo, optamos pelo Algarve, nós e mais uns quantos milhões de portugueses. Estou convencido que nós, os portugueses, adoramos este correr, sem saber para onde, que o Algarve nos dá. Adoramos também o esperar eternamente numa esplanada ao lado de um estrangeiro que vê os seus desejos rapidamente realizados. Amamos a azáfama e perceber que passamos as férias a cozinhar, a carregar e descarregar carros, sem nunca nos lembrarmos do conceito descansar. Por isso, heroicamente, não paramos nas férias, não deixamos de produzir e ser logisticamente eficazes. Valendo-nos no final das férias o desabafo modesto de que as férias foram poucas. Surpreendentemente, este povo que durante o ano é tão acusado de não ser produtivo, vinga-se incessantemente nas férias, trabalhando, trabalhando, trabalhando… incessantemente.
Agora que todos estamos a voltar ao trabalho e olhamos para a nossa realidade de crianças em situação de precariedade e urgentemente a precisarem de ajuda, percebemos que se exige uma vontade e uma dedicação que só umas descansadas férias nos podem dar.
Neste sentido, espero que as férias de todos tenham sido num qualquer “resort” paradisíaco, onde não mexeram uma palha e onde o vosso pensamento inquieto gentilmente se conseguiu apagar na paisagem. Se tal como eu são vítimas do desassossegado Algarve, não desanimem e mantenham o famoso ritmo do trabalha, trabalha, trabalha… porque as nossas crianças merecem.
Bem-vindos de férias!!!
PVS