Hoje e amanhã estou numa visita à zona da raia portuguesa, na Beira. Uma exploração que tem se revelado particularmente interessante ao nível da reflexão da gestão cultural que os grupos fazem em torno dos limites e fronteiras. Numa zona com uma das fronteiras políticas mais antigas da Europa, é particularmente interessante observar o impacto que o contrabando teve no moldar da vida económica e social das populações. O impacto da fronteira e da actividade contrabandista é particularmente notado na criação de uma gíria e dialecto próprio destas gentes que tiveram de ao longo dos anos encontrar formas de comunicarem sem serem compreendidas pela Guarda Fiscal e Guardia Civil espanhola.
A linguagem alterou-se mais por via da actividade que viola os limites (contrabando) e menos por via da mesclação cultural de quem vive perto de Espanha. Situação semelhante é verificável noutros grupos que vivem da violação e transposição de limites e fronteiras sociais e políticas, como é o caso dos grupos delinquentes juvenis que desenvolvem uma gíria própria quase incompreensível.
Culturalmente, esta é uma zona do país que nos ensina bastante sobre a cultura que os grupos desenvolvem junto às suas fronteiras e com as tarefas que implicam um constante vai e vêm entre os diferentes mundos.
PVS
A linguagem alterou-se mais por via da actividade que viola os limites (contrabando) e menos por via da mesclação cultural de quem vive perto de Espanha. Situação semelhante é verificável noutros grupos que vivem da violação e transposição de limites e fronteiras sociais e políticas, como é o caso dos grupos delinquentes juvenis que desenvolvem uma gíria própria quase incompreensível.
Culturalmente, esta é uma zona do país que nos ensina bastante sobre a cultura que os grupos desenvolvem junto às suas fronteiras e com as tarefas que implicam um constante vai e vêm entre os diferentes mundos.
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