Todos conhecemos a fábula da lebre da tartaruga, através da qual muitos de nós aprendemos que devagar se vai ao longe. A lebre na fábula desempenha o papel do triunfo hipomaníaco de quem ri primeiro com a alegria de ter acabado o que ainda não começou.
A fábula talvez nos ajuda a perceber que o correr entusiástico de uma criança de sete anos para o colo de um casal adoptante no momento que os conhece é semelhante ao riso da lebre que comemora vitória andes da corrida.
Na verdade, construir um novo vínculo parental em idade já escolar é um movimento de treino e esforço, um vai e vem de persistência que faz muito lembrar mais a tartaruga do que a lebre. O vínculo necessariamente tem de ser construído, longe dos mecanismos defensivos do tipo maníacos caracterizados por controlo, triunfo e desprezo face aos objectos significativos (ex: já não quero saber da minha mãe biológica, já não me lembro, só gosto dos novos pais). A nova relação deve ser alicerçada numa ambivalência saudável, típica da posição depressiva, na qual os dois mundos da parentalidade (bons e o maus pais) podem ser casados na relação com os novos pais.
Quem adopta deve ter sempre o direito hesitar, ficar indeciso, pensar na sua vida e no seu passado. É bom ter dúvidas medos e receios. É ainda melhor quando adoptamos pensarmos nos nossos pais e na nossa visão sobre a parentalidade.
Não se esqueçam a criança aos seis, sete anos, adopta os pais tanto como os pais a adoptam.
PVS
A fábula talvez nos ajuda a perceber que o correr entusiástico de uma criança de sete anos para o colo de um casal adoptante no momento que os conhece é semelhante ao riso da lebre que comemora vitória andes da corrida.
Na verdade, construir um novo vínculo parental em idade já escolar é um movimento de treino e esforço, um vai e vem de persistência que faz muito lembrar mais a tartaruga do que a lebre. O vínculo necessariamente tem de ser construído, longe dos mecanismos defensivos do tipo maníacos caracterizados por controlo, triunfo e desprezo face aos objectos significativos (ex: já não quero saber da minha mãe biológica, já não me lembro, só gosto dos novos pais). A nova relação deve ser alicerçada numa ambivalência saudável, típica da posição depressiva, na qual os dois mundos da parentalidade (bons e o maus pais) podem ser casados na relação com os novos pais.
Quem adopta deve ter sempre o direito hesitar, ficar indeciso, pensar na sua vida e no seu passado. É bom ter dúvidas medos e receios. É ainda melhor quando adoptamos pensarmos nos nossos pais e na nossa visão sobre a parentalidade.
Não se esqueçam a criança aos seis, sete anos, adopta os pais tanto como os pais a adoptam.
PVS