Muitas vezes quem trabalha com crianças com dificuldades emocionais depara-se com uma situação de difícil resolução: as crianças que queremos ajudar aparentemente recusam ou não querem a nossa ajuda. É difícil para os técnicos e os prestadores de cuidados evitarem o sentimento de serem rejeitados. Especialmente quando ofereceram ajuda, com as melhores intenções, a crianças que tiveram histórias de vida bastante problemáticas. Este sentimento leva a que, frustrados, desmotivem e se esforcem menos em ajudar estas crianças, considerando-as incapazes de serem ajudadas. Esta rejeição é tão mais estranha quanto mais facilmente os técnicos e prestadores de cuidados imaginam ou têm a ideia de que estas crianças estariam desejosas de ser retiradas às famílias que delas abusaram ou negligenciaram. No entanto, na prática não é isso que acontece. Temos de nos lembrar que, por muito desadequada que fosse a família de onde provieram, era, mesmo assim, a única família que conheceram. Aquela a quem es...
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