Muito do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no sentido de minorar os efeitos dos maus-tratos infantis tem sido realizado por instituições de acolhimento de crianças. Também é verdade que com frequência têm sido publicadas notícias alarmantes sobre algumas destas instituições.
Contudo parece-nos que vale a pena noticiar e falar sobre as boas práticas que algumas instituições têm vindo a aplicar. Uma das instituições que recentemente tivemos a possibilidade de visitar foi a "Casa do Mar" e a "Casa das Conchas" da Fundação "O Século" em S. Pedro do Estoril.
Encontrámos duas casas cheias de afecto e cuidado onde sobressai a forte possibilidade de se gerarem relações vinculativas. É verdade que só tivemos a oportunidade de uma visita breve de um dia; contudo há pormenores que nos ficam e dizem muito sobre uma casa. Senão vejamos: ao entrarmos na Casa das Conchas, um lar inaugurado num contexto particular e organizado em apenas 48h com a finalidade de acolher crianças de uma outra instituição encerrada por não reunir as melhores condições, observamos as paredes repletas de fotografias a preto e branco cuidadosamente emolduradas. As primeiras fotografias eram retratos de crianças sorridentes. Ao repararem que observávamos as fotografias, explicaram-nos que estas eram retratos dos funcionários e técnicos da Casa das Conchas. Depois seguiam-se fotografias de crianças da instituição igualmente sorridentes.
Não podemos parar de pensar que as paredes da Casa das Conchas lembravam de forma muito clara a todos que vivem e trabalham naquela casa que já foram crianças. Esta simples afirmação não verbal abre as portas ao processo de identificação que é esperada e essencial num lar. Neste sentido, o próprio espaço físico comunica com as crianças e com todos os que lá passam, lembrando que as paredes de uma casa têm ouvidos, olhos, cheiro e tacto e que sentem o crescer das crianças. Parabéns Casa das Conchas e Casa do Mar!
PVS
Contudo parece-nos que vale a pena noticiar e falar sobre as boas práticas que algumas instituições têm vindo a aplicar. Uma das instituições que recentemente tivemos a possibilidade de visitar foi a "Casa do Mar" e a "Casa das Conchas" da Fundação "O Século" em S. Pedro do Estoril.
Encontrámos duas casas cheias de afecto e cuidado onde sobressai a forte possibilidade de se gerarem relações vinculativas. É verdade que só tivemos a oportunidade de uma visita breve de um dia; contudo há pormenores que nos ficam e dizem muito sobre uma casa. Senão vejamos: ao entrarmos na Casa das Conchas, um lar inaugurado num contexto particular e organizado em apenas 48h com a finalidade de acolher crianças de uma outra instituição encerrada por não reunir as melhores condições, observamos as paredes repletas de fotografias a preto e branco cuidadosamente emolduradas. As primeiras fotografias eram retratos de crianças sorridentes. Ao repararem que observávamos as fotografias, explicaram-nos que estas eram retratos dos funcionários e técnicos da Casa das Conchas. Depois seguiam-se fotografias de crianças da instituição igualmente sorridentes.
Não podemos parar de pensar que as paredes da Casa das Conchas lembravam de forma muito clara a todos que vivem e trabalham naquela casa que já foram crianças. Esta simples afirmação não verbal abre as portas ao processo de identificação que é esperada e essencial num lar. Neste sentido, o próprio espaço físico comunica com as crianças e com todos os que lá passam, lembrando que as paredes de uma casa têm ouvidos, olhos, cheiro e tacto e que sentem o crescer das crianças. Parabéns Casa das Conchas e Casa do Mar!
PVS