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Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta comunicação social

Construção e desconstrução de credibilidade - o peso das redes sociais, dos media e do sentido cívico

Por sugestão de um membro do blog venho aqui partilhar o meu comentário pessoal  (publicado ontem no Facebook) à avalanche de reacções e discussões geradas a partir da intervenção da Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa, na entrevista à SIC Notícias: Tendo trabalhado quatro anos no Banco Alimentar Contra a Fome, em contacto estreito com a presidente, Isabel Jonet, sinto a responsabilidade de partilhar a minha perspectiva relativamente ao que tenho lido e ouvido através da internet. É a minha opinião, baseada, como disse, em quatro anos de trabalho em conjunto, de aprendizagem na dedicação a uma causa. O Banco Alimentar Contra a Fome e o seu espantoso crescimento deve-se, concordo a 100% com alguns comentários que li, ao espírito solidário dos portugueses, à nossa raça de entre-ajuda e de “dar o corpo ao manifesto” a favor das nossas comunidades. O Banco Alimentar Contra a Fome, como comprova a nossa participação em peso, é de todos e para tod...

PSP e o Facebook

A página de Facebook da PSP com a exposição de uma criança deixou de estar online. Muito possivelmente alguém se indignou com o facto de nessa página ter sido violado o segredo de justiça e o direito de privacidade de uma criança de dois anos de idade alvo de uma medida de protecção. É triste que até a página ter sido retirada do Facebook alguém com privilégios de administrador tenha apagado os comentários que mostravam indignação pelo comportamento da Polícia e tenha deixado os comentários que defendiam de forma simplista a acção da Polícia. Como referido anteriormente neste blog, nunca teve em causa a acção da Polícia junto da criança somente a publicitação que fizeram do caso. Todos facilmente concordamos que uma coisa é um órgão de investigação policial publicitar uma apreensão de armas ou de droga, outra coisa é publicitar com fotografias o "salvamento" de uma criança. É com muita tristeza que vejo acontecer numa canal de comunicação oficial da Polícia Segurança Pública ...

Polícia que não protege

Normalmente não tenho por hábito comentar publicamente casos concretos, nem o Código Deontológico dos Psicólogos o aconselha (ver 8º Princípio Específico em http://bit.ly/NRdyLC ). Mas hoje tem mesmo de ser. Há dois dias sensivelmente a PSP agiu no âmbito das suas competências e retirou uma criança que estava sozinha numa viatura em situação de abandono. Após o procedimento a mesma Polícia, ainda dentro das suas competências, encaminhou a criança e o expediente para os serviços competentes, tendo-se procedido à protecção da criança e à instauração de Processo de Promoção e Protecção. O estranho desta história é que a mesma Polícia usou o caso para publicitação à margem do direito de reserva / confidencialidade prevista na Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo (ver Lei 147/99 de 1 de Setembro aqui ), senão vejamos: A PSP na página oficial que detêm na rede do Facebook colocou um foto (ainda que ligeiramente escurecida na zona do rosto) na qual se vê a criança em causa a...

Crianças em perigo: 800 anos de História

Estamos habituados a ver o abuso sexual de crianças como um fenómeno recente. Não me recordo de ler, enquanto estudava na Universidade, casos relacionados com abuso sexual de crianças nos jornais. Nem me recordo de ter abordado esta temática no curso de Psicologia, nem mesmo quando frequentei o ramo de Psicologia Clínica. E no entanto, cada vez mais têm sido noticiados casos de abusos sexuais de crianças nos jornais e na televisão. É de resto muito rara a semana em que não surjam notícias sobre abusos sexuais de crianças, principalmente no Correio da Manhã. De repente parece que existe uma "nova" realidade e que de repente inúmeros casos de abuso sexual começaram a surgir nas primeiras décadas do século XXI. Podemos assim criar a convicção (falsa) que o abuso sexual de crianças é um fenómeno recente e que as suas causas devem ser procuradas no contexto social actual. No entanto este é um fenómeno com quase 800 de história documentada, pelo menos no caso português. E se no c...

"Príncipes do Nada"

Estreou esta noite na RTP1 mais uma série dos "Príncipes do Nada". Uma óptima oportunidade para sairmos da nossa zona de conforto e confrontarmo-nos com toda uma realidade de crianças verdadeiramente em risco Fica aqui a apresentação. CBR

Novo site "Crianças vs Riscos / Perigo - Como comunicar"

Direccionado para a comunicação social, está disponível em http://www.cnpcjr.pt/Manual_Competencias_Comunicacionais/default.html  um site com toda a informação necessária para, com responsabilidade, saber comunicar sobre situações de crianças e jovens em perigo. Um importante recurso a explorar e divulgar. ADC

Parcas mudanças

Já não há dúvida que a atenção dos media está redobrada nos casos de maus tratos infantis. Ao ritmo semanal, a imprensa apresenta um novo caso grave e mais uma história de possível ineficácia das autoridades com responsabilidades em matéria de protecção da infância. A mediatização tem o “mérito” de redefinir a agenda política, colocando a prioridade na protecção à infância. Contudo, ao olharmos para este último ano e meio, pouco mudou nas CPCJs. Os técnicos de reforço às ainda não estão em funções, o diploma de regulamentação das medidas de Promoção e Protecção (i.e., acolhimento familiar, educação parental, e apoio para a autonomia de vida) ainda não foi publicado. Ainda não existe um guião de procedimentos uniformes que estandardize os procedimentos inter-serviços, sempre que existe a sinalização de um caso de maus-tratos grave. A esta lista devemos ainda adicionar o baixo número de programas "Escolhas" e "Ser Criança" aprovados (menos que um por distrito!). ...