O workshop "Knowing the Child, Building a Relationship", foi um sucesso da Expo Criança 2006. Os participantes tiveram a oportunidade de, através de uma metodologia activa e inovadora baseada no trabalho de grupo bem como em representação pictórica, aprofundarem uma série de questões ligadas ao acolhimento de crianças em risco.
Paralelamente falou-se de equipas, com amor para dar, com uma capacidade quase mágica de “salvar” as crianças. O grupo foi reflectindo sobre até que ponto existe uma clivagem que permite ver as equipas como portadoras de todo o amor e por outro lado as crianças como vazias de coisas boas, vazias de amor.
Sublinhou-se o perigo dos adultos não identificarem as suas partes mais agressivas e serem movidos por uma idealização, situação que pode deslizar para um rápido “burnout” da equipa, bem como para situações de abuso.
Os trabalhos continuaram com a análise das questões associadas ao papel da cada membro da equipa e à autoridade que assumem no seu desempenho. De onde vem a nossa autoridade? Como é que usamos a autoridade?
Foi curioso percebermos como é difícil identificarmos as fontes da nossa autoridade e o reconhecimento de um mandato claro para o desempenho do nosso papel na instituição. Associou-se esta dificuldade com a definição, por vezes turva, da tarefa primária da instituição. Discutiu-se a necessidade da tarefa primária ser definida de forma concreta e com relação directa à realidade. Destacou-se o perigo de tarefa primária ser definida de forma idealizada do tipo "integrar todas as crianças na sociedade com sucesso". As tarefas primárias idealizadas contribuem negativamente para a definição dos papéis, contribuindo progressivamente para a promoção de agendas pessoais dos membros da equipa, por vezes incompatíveis com o bem-estar das crianças.
O workshop acabou com a referência à necessidade de permanecer uma visão binocular da relação, onde ambas as pessoas da díade se conseguem colocar não só no seu lugar (no seu papel) como também no lugar do outro, e desse lugar observar a relação. Esta dupla visão foi interpretada como essencial e como estruturante de uma boa prática.
Resta-nos mais uma vez sublinhar o privilégio que foi para todos trabalhar uma manhã com o Lionel Stapley, e como ficámos todos contentes por saber que existe uma grande probabilidade do Lionel Stapley, juntamente com mais dois consultores da OPUS, organizarem um curso “Containment for Growth” em Portugal no próximo Outubro.
Até Outubro...
PVS
- Quem são as crianças que acolhemos?
- Qual o seu contexto de origem?
- Qual a relação materna precoce que tiverem?
- O grupo prosseguiu o trabalho aprofundando as seguintes questões:
- Como é que vemos as crianças nas instituições?
- Como é que vemos as instituições?
- Como é que vemos o papel da equipa de trabalho?
Paralelamente falou-se de equipas, com amor para dar, com uma capacidade quase mágica de “salvar” as crianças. O grupo foi reflectindo sobre até que ponto existe uma clivagem que permite ver as equipas como portadoras de todo o amor e por outro lado as crianças como vazias de coisas boas, vazias de amor.
Sublinhou-se o perigo dos adultos não identificarem as suas partes mais agressivas e serem movidos por uma idealização, situação que pode deslizar para um rápido “burnout” da equipa, bem como para situações de abuso.
Os trabalhos continuaram com a análise das questões associadas ao papel da cada membro da equipa e à autoridade que assumem no seu desempenho. De onde vem a nossa autoridade? Como é que usamos a autoridade?
Foi curioso percebermos como é difícil identificarmos as fontes da nossa autoridade e o reconhecimento de um mandato claro para o desempenho do nosso papel na instituição. Associou-se esta dificuldade com a definição, por vezes turva, da tarefa primária da instituição. Discutiu-se a necessidade da tarefa primária ser definida de forma concreta e com relação directa à realidade. Destacou-se o perigo de tarefa primária ser definida de forma idealizada do tipo "integrar todas as crianças na sociedade com sucesso". As tarefas primárias idealizadas contribuem negativamente para a definição dos papéis, contribuindo progressivamente para a promoção de agendas pessoais dos membros da equipa, por vezes incompatíveis com o bem-estar das crianças.
O workshop acabou com a referência à necessidade de permanecer uma visão binocular da relação, onde ambas as pessoas da díade se conseguem colocar não só no seu lugar (no seu papel) como também no lugar do outro, e desse lugar observar a relação. Esta dupla visão foi interpretada como essencial e como estruturante de uma boa prática.
Resta-nos mais uma vez sublinhar o privilégio que foi para todos trabalhar uma manhã com o Lionel Stapley, e como ficámos todos contentes por saber que existe uma grande probabilidade do Lionel Stapley, juntamente com mais dois consultores da OPUS, organizarem um curso “Containment for Growth” em Portugal no próximo Outubro.
Até Outubro...
PVS