No dia 19 de Março realizou-se um entrevista / debate com o Bruno Anjos, Director do Centro de Acolhimento de Emergência – Casa do Lado do Centro Distrital da Segurança Social de Lisboa que acolhe jovens dos 14 aos 18 anos de idade. A entrevista e o debate foram particularmente interessantes, pelas imagens práticas que o Bruno Anjos transmitiu sobre o acolhimento, nomeadamente ao nível da disponibilidade física e mental dos recursos humanos tendo por base as exigências diárias que estes jovens colocam às equipas. Acolher jovens nas zonas metropolitanas exige equipas especializadas e uma muito boa gestão de limites, regras e segurança para que a casa de acolhimento não se transforme rapidamente num meio social e físico perigoso. Não há dúvida que uma atenção mais diminuta ou alguma ingenuidade no acreditar que todas as crianças no sistema de protecção por serem crianças em perigo (vítimas) são por essa razão incapazes de agredir, tem levado nos últimos tempos a uma colecção de episódios pouco felizes no nosso sistema de acolhimento.
Pergunto-me como é possível ainda hoje os centros de acolhimento, centros que acolhem crianças ainda não diagnosticadas, tenham quartos conjuntos e com somente uma pessoa de turno no período da noite? Parece-me a mim que deixou-se cair um véu sobre o acolhimento que nos impede pelo menos parcialmente de vermos quem são e quais as necessidades das crianças que acolhemos.
PVS
Pergunto-me como é possível ainda hoje os centros de acolhimento, centros que acolhem crianças ainda não diagnosticadas, tenham quartos conjuntos e com somente uma pessoa de turno no período da noite? Parece-me a mim que deixou-se cair um véu sobre o acolhimento que nos impede pelo menos parcialmente de vermos quem são e quais as necessidades das crianças que acolhemos.
PVS