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A mostrar mensagens com a etiqueta Vinculação

Adolescentes, Vinculação e Mentalização - Entrevista com Peter Fonagy

Hoje tive uma experiência profissional fantástica. Estive numa formação sobre avaliação de vinculação com o Peter Fonagy a convite de Carla Sharp. Foi sem dúvida uma das experiências profissionais mais interessantes que tive nesta área. Vim cheio de ideias. Aqui partilho um vídeo de uma entrevista com Peter Fonagy onde ele aborda temas como a vinculação, a mentalização, e as ligações entre a relação precoce e perturbações em crianças e adolescentes. Para quem não conhece o Peter Fonagy, ele é Professor de Psicologia na UCL (University College of London), um dos cinco psicanalistas vivos mais citados na actualidade, autor de centenas de artigos publicados em revistas peer-review e o criador da Child Attachment Interview e de Mentalization-Based Treatment (MBT).

Peter Fonagy

Teoria da Vinculação  Um dos grandes nomes da actualidade na área da teoria da vinculação Peter Fonagy da Universidade de Londres e do Anna Freud Centre vai ser condecorado pela Rainha co o titulo "Order Of The British Empire, Civil: Officer" pela ocasião do aniversário da Rainha.  Fica um video sobre como a teoria da vinculação nos ajuda a compreender os comportamentos mais violentos. PVS

Adoção e Vinculação

Construir Segurança Passei o fim de semana a estruturar um prezi sobre vinculação e trauma, aqui fica uma enrevista ao Robert Marvin, sobre o Circulo da Segurança. Bob Marvin - Circle of Security from Harmony Adoptions on Vimeo .

Formação "Intervenção terapêutica e educativa em unidades de acolhimento prolongado"

DESTINATÁRIOS   Psicólogos Assistentes Sociais Médicos Enfermeiros Educadores sociais Animadores  sócio-culturais OBJECTIVOS  Melhorar o conhecimento sobre modelos de comunidades terapêuticas residenciais para crianças Articulação entre os conceitos da psicologia do desenvolvimento e os modelos residenciais Melhorar as competências de trabalho de grupo em instituições de acolhimento prolongado COMPETÊNCIAS  Conhecer modelos de comunidades terapêuticas residenciais Relacionar psicologia do desenvolvimento e modelos residenciais Desenvolver competências de gestão de unidades de acolhimento prolongado de crianças PROGRAMA  Acolhimento terapêutico (3h) Perturbações emocionais, sociais e do comportamento (3h) Intervenção terapêutica a partir da rotina diária (3h) Vínculos de referência e reparadores (3h) Trabalhar em grupo com crianças e jovens (3h) Trabalho de luto (3h) METODOLOGIAS...

Cérebro em família vs. cérebro institucionalizado

Acumulam-se as evidências acerca da importância do papel da família no desenvolvimento da criança. Os primeiros anos de vida são fundamentais e estes estudos mostram que a melhor opção (e o melhor investimento) é sempre um ambiente familiar positivo, sensível e capaz de saber ler e responder aos sinais da criança. A institucionalização é normalmente sinónimo de pouca atenção individualizada, altos ratios educador-criança e pouco investimento na criança. As consequências deste tipo de experiências são graves ao nível do desenvolvimento cerebral encontrando-se estas crianças em risco acrescido de comprometimento da sua saúde mental ao longo da vida. Artigo original RC

Workshop: Vinculação e Risco nos Primeiros Anos de Vida

A vinculação é um tema central na prática profissional de quem lida diariamente com crianças e famílias em risco. Provavelmente, já ouvimos coisas como: " Ele é muito apegado à mãe, não a larga nem por um segundo. Tem uma vinculação muito forte. " ou " É uma criança muito autónoma, faz tudo sozinho. É uma criança muito segura. " ou ainda “ Anda sempre contente, sempre com um sorriso nos lábios. Até parece uma criança feliz. ". Será mesmo assim? A que devemos estar atentos? Este workshop apresenta-se como um momento de partilha de conhecimentos e práticas em que se irá promover o contacto com alguns modelos, estratégias e instrumentos de trabalho que permitem apoiar os profissionais e capacitá-los para uma intervenção eficaz e de qualidade com famílias em risco. Formadores Raquel Corval Sara Figueiredo Data / Horário 31de Março das 9h30 às 16h30 (intervalo para almoço entre as 13h30 e as 14h30) Local ISEC - Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Infantil e ...

Os grandes orfanatos

A tradição tem muita força. Verifico que ainda há quem insista em Portugal em construir instituições massificadas, com mais de cem vagas dos 0 aos 5 anos, e afirme que está a prestar um bom serviço na área da protecção. A Psicologia do Desenvolvimento já demonstrou empiricamente que a massificação dos cuidados primários geram uma indiferenciação vinculativa que irá traduzir-se na interiorização por parte da criança de um modelo interno de vinculação insegura que irá com muita probabilidade manter-se ao longo da vida. PVS

Crianças acolhidas... sem diagnóstico e sem pais

Continuo intrigado pela dificuldade que existe no nosso sistema de protecção em desenvolverem-se respostas de acolhimento temporário ou de emergência que sejam verdadeiros centros de avaliação diagnóstica orientados para a saúde mental da criança. Vasculhando alguns livros do Eduardo Sá já com alguns anos, verifico que ele já falava há uns tempos da necessidade de criarem-se verdadeiros serviços de urgência um pouco à semelhança dos serviços de urgência hospitalares. Eduardo Sá defendia serviços ricos em recursos técnicos e de diagnóstico capazes de em poucas horas estancarem a hemorragia que uma retirada do meio familiar provoca sempre numa criança e avaliarem as competências da família de forma a desenharem de imediato um plano de intervenção. Com pena verificamos que continuamos a cair numa dicotomia de bons e maus pais e numa visão simplista que vê o acolhimento como uma espécie de salvação onde as crianças são salvas pelo afastamento da família. Há alguns anos que os hospita...

Observação de crianças - A Situação Estranha de M. Ainsworth

A compreensão da relação precoce entre bebé-mãe é ainda um dos temas fundamentais da Psicologia. O trabalho de John Bowlby (psicanalista inglês que trabalhou durante largos anos na clínica Tavistock) sobre vinculação assume uma particular importância na compreensão desta relação. Mary Ainsworth, discípula de Bowlby e investigadora na clínica Tavistock, é responsável pela situação experimental intitulada "Situação Estranha" largamente utilizada para avaliar a qualidade da relação entre criança e prestador de cuidados (geralmente a mãe). Esta situação, composta por várias fases, permite avaliar a qualidade do comportamento de vinculação da criança ao reunir-se com a mãe depois de ter sido brevemente separada desta. O comportamento aquando da reunificação permitiu à equipa de Ainsworth identificar três padrões de vinculação posteriormente alargados para quatro por Mary Main: seguro; evitante; ansioso/ambivalente; desorganizado. Aqui fica um vídeo do procedimento da "Sit...

Acolher bem é acolher bem as famílias

Uma prova do aumento da maturidade do nosso sistema de protecção é a progressiva defesa do bom acolhimento das famílias nas instituições que acolhem crianças como é o caso dos CAT (Centros de Acolhimento Temporário). Infelizmente até há bastante pouco tempo imperou uma lógica maniqueísta na qual a família era sempre tida como a má da fita de quem se tinha de separar o mais possível a criança. É esta mesma lógica que explica a emergência de sucessivos centros de acolhimento em zonas rurais distantes dos centros urbanos e com poucas acessibilidades ao nível de transportes. Aliás, vigorou até há algum tempo a prática perversa de colocar as crianças pequenas longe da família, criando situações de abandono forçadas pela geografia. Quantos pais do centro e norte do país viram os seus filhos colocados no Algarve ou noutros distritos, impossibilitando-lhes de imediato o bom acompanhamento? Estou certo que muitos. Felizmente cada vez mais as instituições percebem que acolher bem uma criança é a...

Crianças que não brincam na fantasia

Os acontecimentos recentes de violência envolvendo jovens no Porto são acima de tudo sintoma de uma política de protecção de infância pouco eficaz e desligada da saúde mental. Não basta pensar que dar um tecto, alimentação e permitir o acesso ao ensino básico a uma criança em risco chega para a proteger e levá-la a um bom desenvolvimento. É necessário um olhar mais técnico, pormenorizado, e que leve em conta o desenvolvimento e estruturação da personalidade da criança. Qualquer criança em risco é uma criança que num determinado momento da sua vida viu o seu vínculo com os pais ameaçado ou quebrado. Viu igualmente a estabilidade da família ameaçada por histórias de abuso e negligência que sedimentam na criança a fantasia de que nenhum lugar é seguro. Estas crianças crescem a margem do amor e da segurança emocional, crescem sem conhecer um espaço onde se possa brincar aos polícias e ladrões, sem ninguém verdadeiramente morrer. São estes os jovens que quando amontoados, aos 50 e 70, nu...

Daring to try again: The hope and pain of forming new attachments

" Daring to try again: The hope and pain of forming new attachments ". É um texto desafiante de Monica Lanyado apresentado no "Annual Care and Treatment INSET Day of the Charterhouse Group of Therapeutic Communities on 20th September 2000". O texto permite perceber o papel importante que as instituições de acolhimento têm na promoção de novas formas de vinculação e na reparação de identidades fragmentadas. PVS

Workshop sobre a Attachment Style Interview

A Universidade do Minho está a organizar para o dia 3 de Outubro de 2005 um workshop dinamizado por  Antonia Bifulco sobre uma entrevista estruturada sobre estilos de vinculação. O tema parece-nos de máxima importância e com uma oportunidade genial, numa altura em que urge a utilização de instrumentos de avaliação estandardizados para a avaliação da qualidade da vinculação. PVS

Instituições de acolhimento do amanhã

Não me parece ser necessário estar recorrentemente a tentar inventar a roda. O problema de padrões de qualidade em instituições de acolhimento de crianças já foi alvo de dedicada atenção por parte de inúmeros técnicos e organizações governamentais nos diversos países ocidentais. Partindo do princípio que a espécie humana é só uma e que as necessidades básicas de afecto que uma criança necessita para crescer são mais ou menos similares em Portugal e no resto do mundo, não percebo porque é que não começa a existir um esforço de transposição do padrões mínimos de qualidade exigidos às instituições de acolhimento de crianças no estrangeiro para a realidade portuguesa. Podem consultar os standars aqui . Óbvio que podemos continuar a adiar o processo e a nos lamentarmos com as instituições que temos e com as suspeitas de maus-tratos e abusos institucionais. Podemos também continuar com o discurso politicamente correcto que as instituições de acolhimento de crianças são resquícios da revo...